Fonte: jornaldenegocios.pt
A produção industrial em Portugal desceu em junho pelo oitavo mês consecutivo, tendo registado a quebra mais acentuada desde março.
A produção das fábricas portuguesas caiu 5,8% em junho, face ao mesmo mês do ano passado, completando assim o oitavo mês consecutivo de descidas homólogas, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta terça-feira, 30 de julho.
Esta quebra foi a mais pronunciada desde março (6,6%) e representa uma forte deterioração face ao mês anterior, em que a produção industrial caiu 0,4% em termos homólogos.
Todos os grandes agrupamentos industriais contribuíram para esta evolução negativa, com destaque para a energia, que acelerou a descida de 3,9%, em maio, para 14,2% em junho, e para os bens de consumo, que desceram 6,9% no mês passado, depois da quebra de 1,6% no mês anterior.
No caso dos bens intermédios e dos bens de investimento as descidas foram de 1,1% e 1,7% respetivamente.
Na comparação em cadeia (ou seja, face ao mês anterior), o saldo também não é favorável, com a produção industrial a diminuir 4,5% em relação a maio, o pior registo em pelo menos um ano. Neste caso, o contributo mais negativo foi o do agrupamento de bens de consumo, que desceu 8,2% em termos mensais.
Olhando para o conjunto do segundo trimestre, a evolução até foi menos negativa do que no trimestre anterior, com a produção industrial a descer 2,5% face aos mesmos três meses de 2018, depois da quebra de 3,8% no primeiro trimestre do ano.
O agrupamento de energia passou de uma descida homóloga de 17,2% no trimestre anterior, para 9,7%, enquanto o agrupamento de bens de consumo passou de uma descida de 2,6% para 3,1%.
Os agrupamentos de bens intermédios e de bens de investimento registaram subidas ligeiras de 0,9% e 0,8%, respetivamente.