A União Europeia está disposta a adiar o Brexit, pelo menos, até ao próximo mês de julho, avança o jornal britânico The Guardian. A hipótese está a ser estudada depois de Bruxelas se aperceber de que a primeira-ministra Theresa May não está a reunir consensos em Londres.
«A primeira sessão do parlamento é em julho. Precisamos que de eurodeputados do Reino Unido caso o país ainda seja um Estado-membro», justificou um diplomata ao The Guardian.
«Se a primeira-ministra sobreviver e informar-nos de que precisa de mais tempo para que o acordo ganhe no parlamento, será oferecida uma prorrogação técnica até julho», disse um porta-voz do bloco europeu à mesma publicação. «A primeira sessão do parlamento é em julho. Precisamos que de eurodeputados do Reino Unido caso o país ainda seja um Estado-membro. Mas as coisas não são preto e branco na União Europeia (UE)» , completou um diplomata.
Segundo o correspondente do The Guardian em Bruxelas, a comunidade única acredita que o dia 29 de março é uma data improvável para a saída se concretizar. Assim, a governante, que enfrenta uma elevada oposição interna, teria mais tempo para rever o acordo. Prevê-se ainda que o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, convoque uma cimeira para oficializar o adiamento.
Amanhã o acordo para o divórcio entre o Reino Unido e a UE será votado na Câmara dos Comuns, a câmara baixa do parlamento britânico, após ter sido adiado no mês passado por Theresa May por causa do risco de ser rejeitado por uma margem significativa. Na quarta-feira, serão os eurodeputados a decidir qual o caminho a seguir depois desta votação.
Fonte: jornaleconómico