As características de mais de 150 vinhos da colheita de 2018, de três dezenas de produtores do Dão, vão poder ser constatadas na segunda-feira, em Viseu, durante o Dão Primores.
«Os brancos ficaram muito aromáticos e os tintos muito equilibrados. Portanto, exibem aquilo que é típico do Dão. São vinhos muito florais, muito frescos na boca, com ótimos taninos, que permitem guardá-los por muitos anos«, explicou à agência Lusa o presidente da Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do Dão, Arlindo Cunha.
Segundo o responsável, 2018 foi um ano «em que a produção foi pouca», mas «a qualidade foi excelente». «Em 2018, a produção foi de cerca de 22 milhões de litros, o que é bastante menos, porque normalmente chegamos aos 30, às vezes aos 35 milhões de litros», frisou.
Na segunda-feira, os vinhos resultantes da vindima de 2018 serão apresentados aos consumidores, às garrafeiras, aos críticos e à imprensa especializada. Durante o evento, que se realiza no Solar do Vinho do Dão, pelo nono ano consecutivo, será feita a entrega dos prémios do 57.º concurso “Os melhores vinhos do Dão no produtor”.
A cada participante do Dão Primores será entregue uma declaração sobre o perfil dos vinhos dessa colheita, da responsabilidade de Bruno Simões (viticólogo) e Pedro Pereira (enólogo). O evento serve também para refletir sobre o futuro dos vinhos do Dão.
Segundo Arlindo Cunha, a CVR Dão aprovou recentemente um plano estratégico para dez anos, que visa a promoção internacional «num conjunto de mercados alvo, designadamente Estados Unidos, Canadá, Brasil e asiático», e em alguns países europeus, como Alemanha e Suíça.
«Iremos fazer um trabalho de promoção continuada nesses mercados nos próximos anos, com a expectativa de dentro de meia dúzia de anos podermos crescer pelo menos 15 a 20 por cento», estimou.
Fonte: Lusa