O Eurobarómetro publicou uma pesquisa sobre a Política Agrícola Comum, a qual mostra que pouco mais de 60 por cento dos inquiridos considera que a mesma beneficia todos os cidadãos e não apenas os agricultores.
O inquérito, realizado a mais de 28 mil cidadãos da União Europeia dos 28 Estados-membros no início de dezembro de 2017, revela o reconhecimento de cerca de 55 por cento dos europeus, por considerarem que proporcionar alimentos seguros, saudáveis e de boa qualidade é uma das principais responsabilidades dos agricultores, 62 por cento considera que esta deveria ser a principal prioridade da Política Agrícola Comum (PAC) e 50 por cento dos inquiridos defendem que proteger o ambiente e lutar contra as alterações climáticas deveria ser um objetivo primordial da PAC.
Mais de dois terços, 67 por cento, ouviram falar do apoio que a União Europeia (UE) concede aos agricultores através da PAC, com poucas mudanças nestes valores em relação às duas últimas consultas, que remontam a 2013. Pelo menos, metade dos inquiridos em todos os países, exceto um, conhece o apoio que a UE dirige aos agricultores através da PAC.
Cerca de 45 por cento dos europeus pensam que o nível de apoio financeiro concedido aos agricultores é «correto», o que representa um aumento de quatro por cento frente a 2015. Um grande número de inquiridos, 44 por cento, também afirmam que gostariam de ver um aumento no apoio financeiro da União Europeia para os agricultores nos próximos dez anos.
Cerca de 64 por cento acredita que a PAC tem vindo a cumprir com a sua função de proporcionar alimentos saudáveis e seguros de alta qualidade e 62 por cento que está assegurada uma forma sustentável de produzir alimentos.
88 por cento dos inquiridos consideram importante fortalecer o papel dos agricultores na cadeia alimentar e 84 por cento defendem que é crucial desenvolver áreas como a investigação e inovação para apoiar o setor agroalimentar. A mesma percentagem pensa que é primordial incentivar os jovens a entrarem no setor agrícola.
Pouco mais de 60 por cento indica que a PAC beneficia todos os cidadãos e 92 por cento considera que a agricultura e as zonas rurais são importantes para o futuro. No que diz respeito à proteção do ambiente e para enfrentar um desafio climático, pelo menos metade dos inquiridos na grande maioria dos 24 e 28 Estados-membros estão de acordo que a PAC cumpre a sua função e menos de metade de todos os participantes estão seguros quanto ao papel da PAC na criação de postos de trabalho e crescimento nas zonas rurais.
Cerca de 87 por cento afirmam que as importações de qualquer origem apenas deviam poder entrar na União Europeia caso cumpram as normas comunitárias, um sentimento partilhado pela maioria dos cidadãos em 18 dos 28 países da UE.
Mas de ¾ dizem que a tradição local, a área geográfica e um rótulo específico de qualidade eram essenciais para ajudar a decidir que produtos alimentares comprar. No entanto, a consciência do consumidor sobre a rotulagem permanece muito mista e o rótulo mais conhecido não vem da UE mas do setor Fairtrade (Comércio Justo), em geral. O logótipo biológico é o rótulo mais reconhecido por toda a UE com 27 por cento, mais quatro por cento desde 2015, enquanto o conhecimento dos três rótulos de indicação geográfica é inferior a 20 por cento em cada caso, nomeadamente 18 por cento para Denominação de Origem Protegida (DOP) e Indicação Geográfica Protegida (IGP) e 15 por cento para a Especialidade Tradicional Garantida (ETG).
CS
Fonte: Agrodigital
