O fim das quotas de produção de açúcar na União Europeia no passado dia 1 de outubro de 2017, supôs que a presente campanha de comercialização represente um ponto de inflexão para o setor do açúcar.
Verificou-se mudanças estruturais percetíveis que remodelaram todo o mercado europeu de açúcar e a sua posição competitiva no mercado mundial, de acordo com a informação de previsões 2017-2030 da Comissão Europeia.
A médio prazo, prevê-se que a produção de açúcar na União Europeia (UE) aumente 12 por cento em comparação com a produção média dos últimos cinco anos sob o regime de quotas. Com 16,8 milhões de toneladas produzidas de açúcar branco, 2016-2017 foi uma campanha de produção média na UE que gerou existências de final da campanha de 1,3 milhões de toneladas.
Na campanha de 2017-2018, a produção esperada de açúcar branco é de 20,5 milhões de toneladas. Esta oferta adicional seria parcialmente exportada, já que a União Europeia não está sujeita ao limite de exportação da Organização Mundial do Comércio (OMC) de 1,4 milhões de toneladas, as quais espera-se que retrocedam substancialmente depois da redução da diferença de preços entre o preço da UE e o valor mundial para 40 euros a tonelada.
Em relação ao consumo, apesar de um crescimento em quase todos os países, o consumo na UE vê-se pressionado pelas mudanças de preferências dos consumidores e a pressão mediática. Estima-se que o consumo de açúcar na UE diminua de 18,5 milhões de toneladas em 2017-2018 para 17,5 milhões em 2030-2031, -5 por cento.
Fonte: Agrodigital