Fonte: noticiasaominuto.com/Lusa
A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, destacou hoje o contributo do setor agroalimentar para a economia portuguesa, sublinhando que o seu crescimento permitiu tornar “muito expressiva” a taxa de cobertura das importações pelas exportações.
“Hoje somos capazes de produzir 85% daquilo que consumimos, em termos médios, e a nossa taxa de cobertura é muito expressiva”, afirmou a governante, na cerimónia de inauguração de uma fábrica de processamento de nozes no concelho de Évora.
Segundo a ministra, a taxa de cobertura das importações pelas exportações (percentagem de compras ao estrangeiro que é compensada pelas vendas) em 2000, era de “cerca de 36%” e, no ano passado, chegou “praticamente aos 69%”.
“Estamos num caminho muito positivo para garantirmos aquilo que também aspiramos ao nível da Europa”, que é “a nossa autonomia estratégica e o contributo para a coesão territorial e para o combate às assimetrias e às desigualdades”, disse.
Elogiando a agroindústria portuguesa, Maria do Céu Antunes sublinhou que, em 2020, “seguramente o pior ano da história contemporânea”, devido à pandemia de covid-19, o setor “continuou a aumentar as exportações em 2,5% e a agricultura em 5,5%”.
“E, daí, a importância de dispormos de instrumentos que complementem e que transmitam ao setor que o rendimento e a segurança dos sistemas alimentares têm que ser alavancados por processos que digam respeito à introdução de tecnologia, a chamada digitalização, mas também a práticas mais ecológicas e mais verdes”, apontou.
Entre outros apoios, a ministra lembrou que “o Governo decidiu colocar 93 milhões [de euros] diretos para uma agenda mobilizadora para a agricultura”, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, aprovado na quarta-feira pela Comissão Europeia.