O Copa e a Cogeca receberam positivamente o projeto de diretrizes da União Europeia sobre as futuras relações comerciais entre a União Europeia e o Reino Unido.
Numa carta enviada ao principal negociador da União Europeia, Michel Barbier, os presidentes do Copa e da Cogeca receberam favoravelmente o projeto estabelecido pelo presidente do Conselho da União Europeia, Donal Tusk, para depois do “brexit”.
Uma vez que o comércio está muito integrado, o Copa e a Cogeca estão muito preocupados pelo possível impacto da saída do Reino Unido da União Europeia (UE) para os agricultores e as empresas agrícolas dos dois lados, afirmou o presidente do Copa, Joachim Rukwied.
O responsável considera importante minimizar as perturbações do comércio. Os agricultores europeus e as suas cooperativas estão convencidos de que, em função das garantias obtidas, o Reino Unido deveria continuar a fazer parte do Mercado Único e da União Aduaneira, caso não seja possível, a União Europeia e o Reino Unido devem procurar um novo acordo de tarifas que permita, tanto quanto possível, um comércio sem problemas preservando ao mesmo tempo a integridade do Mercado Único da UE.
Por seu lado, Thomas Magnusson, presidente da Cogeca, organização da qual a Confagri faz parte, disse que também solicitam à União Europeia manter uma relação aduaneira o mais próxima possível com o Reino Unido e que os procedimentos sejam simplificados, aproveitando as mais recentes tecnologias para evitar uma burocracia excessiva e demorosa que poderia ameaçar o comércio transfronteiriço. Questões a incluir nas próximas diretrizes da UE e também serem uma prioridade nas negociações, assinalou Magnusson.
O responsável referiu ainda que dão as boas-vindas ao projeto de acordo de retirada da Comissão Europeia, o qual traduz para termos legais a informação conjunta dos negociadores da UE e do Reino Unido sobre os progressos realizados durante a primeira fase das negociações.
Por último, o Copa e a Cogeca partilham em pleno a solicitação da UE ao governo britânico de propostas clara e tangíveis o mais rápido possível, tanto sobre as relações durante a fase de transição como acerca dos futuros contatos, restando pouco tempo para as empresas levarem a cabo os ajustes necessários. É imperativo estabelecer um acordo o quanto antes, de forma a dissipar a incertezas e eliminar os custos adicionais para os agricultores e as cooperativas agrícolas.
CS
Fonte: Copa-Cogeca
